Turismo em Ansouis, uma vila histórica na Provença

por | Atualizado em 9/03/23 | Ansouis, Dicas de Viagem, Provença

Vem ver como foi nosso turismo em Ansouis, uma vila histórica na Provença cheia de charme e arquitetura histórica habitada por artistas!

Turismo em Ansouis

No quarto dia de nossa viagem pela Provença, começamos o dia fazendo uma caminhada pelos arredores da nossa fantástica hospedagem em Cucuron, o fantástico Domaine La Parpaille. Como comentei no primeiro post da nossa viagem, a região do Luberon é composta por 66 pequenas aldeias e cada uma delas tem seu charme peculiar. Cucuron e seus arredores não seria diferente – a região rural é belíssima e tem a cara da Provença – e, para quem quiser fazer o mesmo que fizemos, o Domaine La Parpaille também oferece bicicletas aos turistas que queiram explorar a região. Demais, né?

Turismo em Ansouis

Turismo em Ansouis, uma vila histórica na Provença

Depois da caminhada nos arredores da nossa pousada em Cucuron, pegamos o carro que alugamos com a Rentcars e, depois de pouco mais de quatro quilômetros, chegamos em Ansouis. A cidadezinha tem pouco mais de mil habitantes e é uma das menores da região do Luberon. Muita gente mora ali e trabalha nas cidades vizinhas por ser uma cidade mais barata do que as demais, e parte de sua população é composta por artistas (o que pudemos conferir imediatamente ao ver a quantidade de ateliês e esculturas nos jardins).

Turismo em Ansouis
Ansouis também é cheia de pequenas ruas repletas de boutiques e casas de arquitetura única. Ao caminhar, você pode admirar a praça da vila sombreada pelos plátanos antigos e curtir o clima de paz do local. Lá, há também um belo castelo medieval, o Chateau d’Ansouis, que pode ser visitado, embora seja uma propriedade privada. A entrada custa 10 euros para adultos e 5 euros para crianças e adolescentes até 15 anos – compre seu ticket diretamente no site da atração.

Este ano, o castelo estará aberto a partir de 6 de abril de 2019 – o período de visitação se encerra no dia 15 de junho. A visitação dura aproximadamente 1h30min e costuma render fotos belíssimas – não conseguimos pegar a época em que ele está aberto mas dizem que, dentro dele, você encontra uma magnífica coleção de móveis do século XVII e XVIII, assim como tapeçarias esplêndidas.

Confira mais algumas fotos da nossa caminhada por Ansouis:

Nós fomos a Ansouis rapidamente, só para dar uma caminhada e sentir o clima da cidade – tínhamos programado um almoço especial na pousada e queríamos aproveitar a companhia dos amigos para curtir a gastronomia francesa (se você leu os posts anteriores sabe que estávamos acompanhados do Gê e da Lê, que moram na Provença).

Sobre comer na França

Eu gostaria de falar um pouco sobre o que aprendemos nesta convivência – e também sobre como os franceses possuem uma relação diferenciada com a comida e com a forma de fazer suas refeições. É sabido que essa relação diferente da gastronomia com a cultura francesa vem dos tempos da Idade Média. Foi nesta época que surgiu a preocupação com o requinte da apresentação dos pratos, tão em voga na alta gastronomia hoje em dia, além da preocupação com os ingredientes em geral. Mas o que pouca gente sabe é que, além destes dois fatores, a maior diferença aparecia mesmo era na forma de servir os pratos. Se hoje a norma da cozinha francesa é servir a refeição como uma sequência de pratos individuais, antigamente vigorava o chamado service en confusion (“serviço confuso”, em tradução livre): vários pratos servidos ao mesmo tempo. O formato atual, entendido como mais elegante, só apareceu com o Rei Luis XIV, o famoso “Rei Sol”. Hoje, uma refeição completa na França é composta de entrada, prato principal, salada, queijos e sobremesa. Exatamente nesta ordem.

Outra diferença marcante é a duração dos almoços e jantares na França. E não estou falando isso com base em “achismos”: segundo pesquisa do Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (INSEE) os franceses gastam em média duas horas e 22 minutos em cada uma das suas refeições diárias! A média mundial é 1h30min – e lá, comer parece mais um ato de prazer que envolve amigos e família, com quem você passa horas ao redor da mesa! Dizem, inclusive, que este é um dos segredos dos franceses para não engordar: comer beeeeem devagar, saboreando cada garfada!

Turismo em Ansouis

Nossa mesa e os queijos onipresentes

Além do tempo mais longo pra degustar e papear em volta da mesa, o mais interessante pra gente foi essa ordem de servir os pratos – por que será que os franceses comem queijo antes da sobremesa? Na verdade, o queijo lá é outro capítulo à parte – desde sempre é um dos maiores patrimônios culturais franceses – não é a toa que Charles de Gaulle disse “como é difícil governar uma nação com 356 tipos de queijos!”

Os queijos são extremamente perfumados e curados de uma forma diferenciada e isso por um motivo especial: por lá, o processo artesanal ainda é muito valorizado porque eles tem a noção de que o queijo é uma comida “viva”. Além disso, aquele cuidado com os ingredientes que nasceu na Idade Média ficou ainda mais apurado nos tempos atuais, com toda a (merecidíssima) fama da culinária francesa ao redor do mundo. Toda esta diversidade de queijos, sua forma de preparo e o status de realeza dentro da gastronomia francesa fizeram com que nascesse essa cultura de servir o queijo após o prato principal. Há também uma explicação um pouco mais científica: dizem que os queijos neutralizam a adstringência dos alimentos e, assim, são ótimos para preparar nosso paladar para a sobremesa e toda a sua doçura. Dizem também que é um dos segredos dos franceses para não engordar!

Depois dessa breve explicação sobre os hábitos de alimentação dos franceses, conto pra vocês que nessa noite, nosso almoço foi com carnes de ovelha e boudin, comprados no dia anterior em Lauris, muita salada de mache, queijos e vinhos, claro! Estava simplesmente espetacular e o aniversário do Rubens foi celebrado à altura do companheiro de viagem fantástico que ele é! Claro que servimos alguns queijos e passamos algumas horas ao redor da mesa, rindo e curtindo a companhia dos amigos – exatamente como fazem os franceses!

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