Quer viajar pra fazer turismo em Aix-en-Provence? Vem ver como foi nosso dia de passeio por lá e programe a sua ida também!

Turismo em Aix-en-Provence: o que fizemos na terra do pintor Cézanne

Em nosso quinto dia de viagem pela Provença, decidimos visitar Aix-en-Provence, o lar do pintor Cézanne que também tem belíssimas fontes espalhadas pela cidade e uma montanha muito famosa eternizada em muitas obras de arte, a Sainte Victoire. A cidade é conhecida como um reduto intelectual e é repleta de pequenas galerias e lojas dedicadas ao tema – o escritor Émile Zola, autor do clássico “Germinal”, passou toda a sua juventude ali, assim como muitos intelectuais, artistas e nobres que foram atraídos pela fama de Aix-en-Provence, proclamada pelo Rei René como a capital provençal do século XV.

Dizem até que as cidades vizinhas da região tem um pouco de “ciúmes” de todo esse tom artístico conferido à Aix, mas é fato que ainda se respira cultura por lá – fora o atelier de Cézanne, visitado diariamente por turistas de todo o mundo (a gente esteve lá e já te conto como foi), a cidade também é palco do maior festival de ópera da Europa e, para quem curte agito, há sempre algo acontecendo por ali culturalmente.

Há muitas lojas de arte nas ruas de Aix-en-Provence

O que fazer em Aix-en-Provence

– No centro antigo, cujas ruas arborizadas parecem sempre levar a uma antiga praça, às terças, quintas e sábados acontece a melhor feira de antiguidades da Provença. Tem de tudo!

– A partir da praça da Prefeitura, com a torre do relógio do século XVI, siga para a Rue Gaston Saporta. Casas ornamentadas impressionam, ostentando riqueza renascentista e então você está no Palácio do Arcebispo, centro nervoso do Festival de Ópera de Aix (do qual acabei de falar). “Se você viajar pra lá em julho, saiba que Don Giovanni e Rigoletto encabeçam a programação (em 2019, acontece de 3 a 22 de julho, site festival-aix.com). Logo depois, a Catedral de St. Sauveur apresenta um amálgama de arquitetura dos séculos V ao XVII. De alguma forma, tudo é harmonioso ali – note particularmente os claustros e o tríptico magistral de Froment.

– Tomar um café no famoso Café de Deux Garçons – (53 Cours Mirabeau) – prepare-se para insistir em seu pedido ou os garçons vão ignorá-lo, pois eles ignoraram todo mundo desde que este era o local favorito de Cézanne. Se ele não estivesse morto, ele ainda estaria esperando por seu segundo absinto. Curiosidade: a loja de chapéus do pai dele ficava ao lado, no número 55. Uma ideia de passeio bacana a partir daí é pegar a Passagem Agard nas proximidades, até a Place Verdun, e daí para a cidade medieval-renascentista.

Temos também um post listando dez coisas pra fazer de graça em Aix-en-Provence, vem ver quais são!

Prefeitura de Aix-en-Provence

Conhecendo o atelier de Cézanne

Nossa meta por lá era levar nossos amigos para conhecer o famoso Atelier Cézanne, o último estúdio do artista – é aqui, na colina dos Lauves, entre os objetos que lhe eram caros, os modelos de suas últimas naturezas-mortas, seus móveis, seu material de trabalho, que sentimos com mais intensidade a presença do pintor:

De 1902 até sua morte em 1906, Cézanne trabalhou todas as manhãs nesta oficina repleta de natureza e silêncio, berço de dezenas de obras agora preservadas nos grandes museus do mundo. O local também tem uma loja-livraria, organiza regularmente exposições temporárias e oferece eventos culturais em épocas específicas – confira no site oficial da atração o calendário.

Ali, o pintor completou algumas de suas obras mais conhecidas, como o Jardinier Vallier e seus Grandes Baigneuses, enquanto também perseguia sua obsessão pelo Mont Sainte Victoire de Aix – uma obra que foi deixada como se ele tivesse acabado de sair para fumar seu tabaco.

Seu chapéu de boina e coco, a bata manchada de tinta e a desordem de objetos natureza-morta estão todos no lugar. Nascido em Aix-en-Provence em 19 de janeiro de 1839, ele morreu em 23 de outubro de 1906. Cezanne sempre foi profundamente ligado à sua Provence natal. Uma citação famosa dele fala sobre sua terra: “Quando eu estava em Aix, parecia-me que estaria melhor em outro lugar. Agora que estou aqui, me arrependo de ter saído de Aix. Quando você nasceu lá, está perdido porque sabe que nenhum lugar do mundo lhe ‘diz’ mais”.

Confira algumas fotos que tiramos neste lugar incrível:

Se você quiser conferir mais Cézanne em Aix-en-Provence, basta dirigir até a Jas de Bouffan, a mini-mansão da família onde o jovem Cézanne começou a redefinir a pintura. Os castanheiros da Allée des Marronniers ainda estão lá, ainda que um pouco desgastados, e agora cercados por arranha-céus. Em seguida, você também pode ir até a pedreira de Bibémus, cujas rochas e árvores desregradas forneceram a inspiração que levou Cézanne ao cubismo. Reproduções de obras no ponto em que ele as pintou tornam a visita ainda mais interessantíssima. Dica: para visitar ambos + o Atelier, compre um bilhete de 10 Euros que abrange as três atrações no posto de turismo (300 Avenue Guisepppe Verdi; 0033 442 161161; aixenprovencetourisme.com).

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