Tem vezes que me dá tanta saudade dessas viagens pra NYC que resolvo fazer posts para compartilhar dicas com vocês! Vem ver onde beber em Nova York: os lugares mais legais que conhecemos nas viagens pra lá pra tomar uma cerveja ou bons drinks!
Old Town Bar
Tenho uma grande amiga que é nova-iorquina e, sempre que nos encontramos por lá, o destino é o mesmo: a Gail é superfã do Old Town Bar, que fica no Upper (a região onde ela mora). Desde a primeira vez que estive lá pude comprovar que é um lugar muito legal para comer um hamburguer e tomar um pint de cerveja num ambiente totalmente nova-iorquino que parece ter sido saído de um cenário de filme da máfia. O Old Town Bar (45 East 18th Street) é, de fato, um dos mais antigos da cidade, em funcionamento desde 1892.
Quando abriu, era um lugar que só servia bebidas mas, durante a Lei Seca, o bar foi forçado a mudar seu nome para Craig’s Restaurant e começar a servir comida para funcionar clandestinamente como um speakeasy. Após o fim da proibição e o fechamento da estação de metrô da 18th Street nas proximidades, em 1948, o bar começou a cair em decadência. No final dos anos 1960, Larry Meagher (que comanda o Old Town até hoje) assumiu as operações e o bar viu um ressurgimento da popularidade.
A decoração e os móveis são os originais, e uma escada de madeira super antiga (e barulhenta) leva ao segundo andar, onde funciona a cozinha e há mais algumas mesas (que costumam ser mais silenciosas do que as de baixo). O bar foi cenário de várias cenas de filmes como o “Last Days of Disco”, “Bullets over Broadway” e até mesmo videoclipes (como “Bad Girl”, da Madonna) e programas de televisão (“Sex and the City” e “Mad About You”), além da abertura do programa Late Night With David Letterman.
McSorley’s Old Ale House
Cerveja boa e barata num dos bares mais clássicos da cidade? Sim, é possível! O McSorley’s Old Ale House (15 East 7th Street) é ainda mais antigo que o Old Town e foi fundado em 1854, sendo considerado o mais antigo de NYC e ainda funciona com as mesmas mesas, cadeiras e decoração da época da sua inauguração – ou seja, estar lá é uma verdadeira viagem no tempo.
O bar era visitado e amado por celebridades de todo o mundo, incluindo Teddy Roosevelt, John Lennon, Babe Ruth, Harry Houdini e até o próprio Abraham Lincoln – na verdade, sua cadeira pode ser vista descansando em um armário atrás do bar. Uma curiosidade: o bar foi aberto às mulheres apenas em 1970.
Não espere ostentação ou pompas: ali, apenas dois tipos de cerveja são servidos: uma clara e uma escura, as duas receitas do proprietário original, o irlandês McSorley. E está perfeito assim, na minha opinião – o preço é justo (U$ 5 para dois pints) e a cerveja é espetacular! Ah, e leve dinheiro vivo – é só o que eles aceitam como pagamento.
Stonewall Inn
O Stonewall Inn (53 Christopher St) é onde se iniciaram os movimentos pró-direitos LGBTQ+, quando o bar foi invadido por policiais truculentos no verão de 1969. Ou seja, o bar não é só histórico, é considerado patrimônio mundial e fica no coração do Greenwich Village, bairro boêmio de NYC.
Nós fomos pra beber apenas um drink e acabamos passando muitas horas por ali. A bebida não é tão cara, uma dose de vodka com energético sai por 12 dólares é uma cerveja por 6 dólares. Em algumas noites, há um karaokê super divertido e a galera é muito animada. Além do bar, vale conhecer o local por sua histórica posição nas lutas pelos direitos LGBTQ+ mas, se você não curtir agito, não vá aos finais de semana, ok? O pessoal é festeiro e barulhento! 🙂
Backroom NYC
Que tal beber no estilo gângster? O Backroom, que fica no Lower East Side (102 Norfolk St), é um dos dois únicos bares na cidade de Nova York que operaram durante a Lei Seca e ainda existe hoje. O bar é um perfeito exemplo atemporal do submundo do passado de Nova York. O speakeasy original de 1920, conhecido simplesmente como “The Back of Ratner’s”, foi palco de muitos atores de teatro e cinema dos “Roaring Twenties”, bem como famosos gangsters da época (Bugsy Siegel, Lucky Luciano e Meyer Lansky eram conhecidos por usar o espaço para “reuniões de negócios”). Como o nome diz, há uma sala secreta nos fundos do bar onde aconteciam estas reuniões.
Seguindo a tradição dos speakeasy, eles servem bebidas alcoólicas em xícaras de chá e as cervejas, em sacos de papel pardo. A entrada é secreta – para ter acesso a este speakeasy, procure por uma placa que diz “LOWER EAST SIDE TOY CO”, com uma escadaria. Dali, você desce, passa por um túnel com paredes descascadas e chega ao bar, que tem uma decoração luxuosa e já foi cenário de filmes e seriados como Broadwalk Empire.
Attaboy
Eu amo demais a área boêmia do Lower East Side, por isso, não poderia deixar de indicar meu bar de drinks favorito por lá, o Attaboy (você pode até estranhar o nome, mas saiba que esta é uma expressão informal de incentivo). Quando você pergunta qual o melhor bar de NYC o Attaboy é sempre indicado e o local também tem em seu currículo o quarto melhor bar do mundo na lista dos 50 melhores.
Olhado de fora nunca se pode imaginar que naquele lugar tem um bar que vai satisfazer todos seus desejos alcoólicos, mas entre e depois me conte o que achou! Dica: chegue cedo para poder entrar e sentar. Eles não trabalham com cardápio, assim você explica para o bartender o tipo de coquetel que o agrada ou o que está esperando beber. Os drinks são espetaculares e, se você estiver em grupo, melhor ainda porque pode experimentar o maior número possível de aromas e sabores. Não aceitam reserva, bata na porta para entrar – mas bata gentilmente, como pede o aviso na porta.
Vazacs Horseshoe Bar (7B)
Vazacs Horseshoe Bar, também conhecido como 7B (108 Avenue B), é uma instituição do East Village com uma história repleta de estrelas. As portas em forma de castelo e o exterior rústico de tijolos serviam como a fachada do Life Café no filme “Rent” e os interiores foram usados no filme “Crocodilo Dundee”, na série “O Poderoso Chefão” (especialmente no segundo filme) e também para “Jessica Jones”, da Marvel e “Sex and the City”, da HBO.
Para os moradores de East Village, este bar é conhecido como o lugar perfeito para encontrar seus amigos e aproveitar as cervejas baratas – são 31 torneiras de cerveja disponíveis ali, mais uma bela seleção de rótulos. A trilha sonora é o punk rock e o bar foi inaugurado em 1930. Se você for durante o dia, vai encontrar vários daqueles tiozões de boteco, deixando a vibe do lugar até meio deprimente. Durante o cair da tarde, a coisa muda de figura – e, se você quiser, ainda há várias máquinas de pinball para sua diversão! A atmosfera é escura e os bartenders costumam ser amigáveis – meu marido disse que o whisky que provou lá é o melhor que tomou na vida, vale a tentativa! 🙂
Dead Poet
Este charmoso pub revestido por barris de mogno tem sido o favorito do Upper East Side para o happy hour por mais de uma década. O público mistura locais e estudantes, todos sedentos por um pint de Guinness ao fim do dia. O Dead Poet (450 Amsterdam Ave 2) tem origem irlandesa e os drinks são todos com nomes de autores. O ambiente é super descontraído e charmoso, quase como um lugar que estaria na Bay Area, não no bairro mais chique da cidade. Eu pedi o J.D Salinger, que é um drink bem old school, e achei super saboroso, encorpado e diferente de tudo que já bebi! Outro ótimo drink é o Matsu Basho, com uísque japonês, açúcar, casca de laranja e limão. Delícia!
Se a noite estiver quente, pegue uma mesa ao ar livre. E, para comer, batatas com jalapeño, tacos, hamburguer ou o bom e velho sanduíche.
Terroir
O Terroir (24 Harrison St, TriBeca) é o bar em Manhattan para quem gosta de vinho. Há uma imensa diversidade de vinhos de vários locais do mundo e a comida é simplesmente deliciosa! Os atendentes são amistosos e ajudam muito na escolha do seu vinho – seja você um conhecedor ou um amador, como eu! Se você for na happy hour, os preços costumam ser mais amigáveis!
O Terroir original foi concebido como um bar anexo ao restaurante do co-proprietário Paul Grieco. Mas o Terroir Tribeca é uma operação maior e independente do que originalmente concebido, com 65 lugares, um cardápio expandido e um ambiente charmoso. O cardápio é generoso: existem catorze tipos de queijos disponíveis no novo Terroir (em comparação com oito no original) e uma profusão de sanduíches, saladas e petiscos variados (experimente as bolas de risoto frito com rabada).
Como o Terroir original, o cardápio do Terroir Tribeca é um documento antigo repleto de numerosas seções e subseções (são oito), juntamente com uma opção de degustação de preço e conteúdo não especificados chamada “Just Put Your Ass in the Seat and Let Us Feed You” (“Senta sua bunda na cadeira e deixa a gente te alimentar”, numa tradução livre). Se você estiver com fome para um banquete mais substancial, sugiro as almôndegas de vitela (amolecidas com ricota). Tudo isso acompanhado por belos vinhos sugeridos pelo staff!
Macao Bar
Comida portuguesa e chinesa no mesmo lugar? Só mesmo no Macao (311 Church St), que foi inaugurado em 1940 e que segue na atividade! Criado com base na decoração dos bares de ópio e bordéis de Macau, o bar é sombrio e tem cartazes de pin-ups chinesas na parede que chamam a atenção, além de símbolos de fertilidade tibetanos. Aproveitando a combinação única de cultura chinesa e portuguesa de Macau, a cozinha no andar de cima oferece uma mistura agradável de pratos de fusão da Eurásia: bolinhos de barriga de frango e porco, costeletas de caranguejo e polvo carbonizado. O bar está sempre lotado, com espaço suficiente apenas para que um garçom navegue em direção às mesas e banquetas de espera. Mas de alguma forma, a comida chega a tempo e as bebidas nunca são derramadas. Um lugar único, como só NYC poderia oferecer!
Brandy Library
O Brandy Library (25 N Moore St) é um bar refinado, com menu gastronômico arrojado para quem quer (e pode) gastar um pouco mais na sua ida à Manhattan. O lugar em si é praticamente uma biblioteca de brandy e os dedicados bartenders se esmeram para encontrar as melhores opções nas prateleiras. Não pense que há livros aqui: o livro que todos querem conferir é o enorme menu que mostra os Cognacs refinados (incluindo um Darroze Armagnac de 1918 que custa U$ 650 por litro), o rústico Calvados, e qualquer outra coisa que você possa imaginar, incluindo mais de 115 clássicos e os famosos coquetéis da casa. Um lugar que os nova-iorquinos amam – mas é preciso estar disposto a gastar um pouco mais.
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