Forno à lenha, pisada de uva, comida colonial, e os melhores vinhos e espumantes. A Estrada do Sabor, em Garibaldi, reúne o melhor do turismo rural na Serra Gaúcha e recepciona os visitantes com uma simpatia única. Na Casa Vaccaro, não foi diferente!
A família Vaccaro é oriunda da região Poiana Maggiore, uma comuna italiana da região do Vêneto, que chegou ao Brasil em 1876 buscando melhores condições de vida. Giocondo Vaccaro e sua esposa Lígia Acerbi tiveram vários filhos – entre eles, estava Luis Vaccaro, fundador da vinícola que carrega o nome e a tradição da família e, hoje, recebe muitos turistas durante o ano todo.
Quem nos recebeu na Casa Vaccaro foi o simpaticíssimo Francisco Vaccaro, mais conhecido como Chico, que contou um pouco desta história. “Conta-se que o Giocondo já tinha interesse em fabricar vinho desde antes de sair da Itália, mas quem acabou levando isso adiante foi seu filho, que fez questão de passar seu conhecimento para as gerações posteriores”, diz. Hoje, Chico recebe grupos de turistas na residência da família, todos querendo conhecer um pouco da vida dos imigrantes italianos, seus costumes e tradições. Cerca de quarenta pessoas por dia visitam a família Vaccaro e, geralmente, são grupos de excursões vindas de todo o Brasil.
Nossa visita começa no parreiral de uva, quando os turistas recebem uma tradicional cesta de vime e partem para a colheita da uva. Deu gosto de ver a criançada se divertindo e comendo fruta direto do parreiral – uma sensação que só quem cresce no interior (ou com pomar nos fundos de casa) pode ter.
Depois disso, os visitantes são convidados a experimentar a Pisa da Uva – Chico explica aos visitantes que, hoje, este processo é feito por máquinas mas que, tradicionalmente, a uva era pisada por seus antepassados. O que parece uma brincadeira para os turistas era um trabalho extremamente árduo antigamente. Em grandes toneis de madeira, você pode ter a experiência de pisar a uva, um processo artesanal que precede a fabricação do vinho tinto, branco ou rosé (conforme o tipo da uva utilizada).
Chico explica que a pisa das uvas quebra a casca, esmaga a uva, mas não quebra as sementes, deixando-as intactas. Em uma prensa, num processo industrial, as sementes são quase sempre quebradas durante esta etapa da produção. E, se regularmos a pressão para que a prensa seja a mais suave possível, não quebrando a semente da uva, teremos menos suco e mais desperdício… Por isso, a pisa das uvas ainda é um processo muito valorizado. E raro. Crianças e adultos também se esbaldam nesta etapa do passeio, entrando com alegria nos toneis de carvalho onde acontece esta divertida experiência.
Em seguida, fomos convidados a visitar o Porão do Nono, cheio de objetos históricos da família e construído nos moldes dos porões antigos das famílias italianas, com pedras bem rústicas. Depois, visitamos um enorme barril que virou o espaço de memórias da família, “La Vitta Della Famiglia Vaccaro”, com muitas fotos incríveis de várias gerações dos Vaccaro e também de outros imigrantes que naquela região moravam.
A vinícola familiar existe desde 1953 e, hoje, serve aos visitantes fartos almoços com muita comida típica italiana, música e, claro, seus bons vinhos. Ali, também são comercializados produtos feitos pela família. Chico nos contou que, inicialmente, o nonno Luis não pensava em produzir vinho comercialmente – era um apaixonado pela bebida e os parreirais produziam apenas o necessário para o consumo da família e dos vizinhos, nas animadas tardes de filó daquela comunidade. Perguntei para a nonna Maria, que observava nossa conversa na janela, o que era esse tal de “filó”.
Ela me contou que o filó era, basicamente, a forma que as famílias de imigrantes se encontravam para conviver e descansar um pouco da árdua trabalheira semanal. A nonna me explicou que podia acontecer tanto à noite como no domingo, dia de descanso. Antes de mais nada, todos os convidados rezavam em frente à capelinha que havia nas casas – os italianos são um povo bastante católico. Depois, os homens se reuniam para jogar, beber vinho e tratar de negócios e as mulheres se uniam para falar sobre família, a lida doméstica, a família e, enquanto isso, filavam com a palha de linho e os fios de lã de ovelha para fazer roupas e apetrechos. Algumas, aproveitavam para empalhar cadeiras e, outras, faziam também a dressa (trança de palha) para confeccionar chapéus e sporta (uma espécie de bolsa de palha). Isso, claro, com muita comida à mesa. 🙂
Hoje, a oportunidade que temos de conhecer um pouco dessa cultura é mais ou menos a mesma: nos reunimos em antigas casas de colônia, comemos maravilhosamente bem, contamos uns causos antigos e mergulhamos em um tempo onde o trabalho era árduo mas a alegria era farta.
Para agendar tua visita ou um almoço na Casa Vaccaro, aqui estão os contatos:
Serviço
Casa Vaccaro
Estrada do Sabor – Comunidade Linha Santo Alexandre – Sétimo Distrito
Garibaldi
Fones: (54) 3459.1128 – (54) 3464.7888
E-mail: [email protected]
Site: Estrada do Sabor
Facebook: Vinícola Vaccaro
Depois de conhecer a casa da família Vaccaro, rumamos para a Osteria Della Colombina para um almoço simplesmente espetacular, vem ver tudo aqui!
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Política de indicação de passeios e locais do Viajando Bem
Este passeio foi feito por Rogério Milani e Manuela Colla, blogueiros do Viajando Bem. Todos os gastos neste local foram pagos por nós e resolvemos divulgá-los porque nossa experiência foi positiva e mereceu um post no blog.
Qualquer post patrocinado será mencionado, quando for o caso: usaremos a hashtag #ap para apoio, patrocínio ou parceria (quando tem algum aporte financeiro ou alguma troca) e #ad para post patrocinado.
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Parabéns Rogério! Obrigado pela belo post! Abraço!
Grande Jucemar! É sempre um grande prazer estar com os amigos desta super família Vaccaro!
Abração!