Vem ver nossas dicas do que fazer em um dia de viagem em Saint-Rémy-de-Provence, uma das vilas mais charmosas da região!
Um dia de viagem em Saint-Rémy-de-Provence
Chegamos no nosso oitavo dia explorando a Provença – já passamos por Cucuron, Pertuis, Lourmarin, Lauris, Ansouis, Aix-en-Provence, Apt e Bonnieux na primeira parte da nossa viagem. Agora, hospedados no La Batisde du Laval (em Cadenet), resolvemos explorar outra parte da região e vamos começar por Saint-Rémy-de-Provence, uma cidade que achamos simplesmente uma graça em vários aspectos. Charmosa, bonita e bem pequena, St. Rémy é tudo o que se espera para um dia de turismo nas aldeias da Provença.
Fomos pra lá de carro alugado (se quiser fazer como a gente, indicamos a Rental Cars ou Rentcars, duas empresas parceiras do blog confiáveis e com bons preços). Se você quiser ir de trem, saiba que não há estação de trem em Saint-Rémy – você vai precisar ir com esse meio de transporte até Avignon e chegar até St Rémy de ônibus. Mas fica atento – os ônibus para Saint-Rémy partem do terminal de ônibus que fica perto da estação central de trem de Avignon, não da estação de TGV. Por isso, pra visitar a cidade, eu indico mesmo o aluguel de carro – sem complicações e você tem a liberdade de fazer seus horários e passeios com toda a calma.
A cidade e sua simplicidade sofisticada
Saint-Rémy é uma cidade provençal que praticamente é sinônimo de Van Gogh – foi ali que o artista encontrou inspiração em sua luz e paisagens, produzindo cerca de 150 pinturas – entre algumas das mais conhecidas do pintor como a incrível “Noite Estrelada”, que surgiu da vista da janela do artista em Saint-Rémy. A cidade também o berço do astrólogo Nostradamus, famoso por suas profecias em todo o mundo.
A cidade é considerada um destino caro de viagem e, não raro, os turistas fazem exatamente como a gente: se hospedam em cidades mais baratas e apenas passam por Saint-Rémy. Muitos acabam conhecendo a cidade porque ela é o começo do Caminho de Santiago de Compostela, que reúne peregrinos caminhantes há muitos anos. A cidade também é cheia de história e bastante cosmopolita, com vários cafés, restaurantes, lojas de ingredientes gourmet para quem ama cozinhar e também lojas de design de interiores. Saint-Rémy é um conceito difícil de explicar e, se eu tivesse que escolher um termo definidor da cidade, seria “simplicidade sofisticada”.
Visitamos a casa de Nostradamus que, hoje, foi transformada em um memorial do médico da Renascença que estudava e praticava astrologia – hoje nos parece estranho um médico se interessar pelo tema, mas isso era algo muito comum no século XVI. Ele nasceu em Saint-Rémy-de-Provence, mas deixou a cidade muito jovem para morar em Avignon e Montepellier, onde estudou Medicina. E como começou essa história de previsões? Quando a peste chegou à França em 1520, as pessoas acreditavam que o tempo do apocalipse tinha chegado também e, assim, o interesse por estes assuntos aumentou e muito. Nostradamus estudava astrologia e começou a se aprofundar nos cálculos matemáticos e de probabilidade para fazer suas famosas previsões.
Em 1550 ele começou, como tantos outros, a editar um “almanaque”, isto é, um calendário de previsões baseado essencialmente nas estrelas. O resto é história – até hoje, suas previsões são as mais famosas de todo o mundo e, ainda em vida, ele teve prestígio, sendo nomeado o astrólogo de Catarina de Médici e também médico e conselheiro do rei Carlos IX em 1564. Publicou diversos livros, editados em centenas de países diferentes até hoje.
Interessados em descobrir mais sobre Van Gogh, passamos em frente ao museu Estrine, também conhecido como Centro de Interpretação de Van Gogh. Antes de entrar, encontramos algumas explicações e descobrimos que o museu estava fechado pois estivemos em Saint-Rémy numa segunda-feira.
De qualquer forma, a cidade “respira” Van Gogh e há muitos passeios para se fazer ali – e em Arles, nosso destino de amanhã – para quem quiser conhecer mais sobre a vida e obra do renomado artista.
Como mencionei no início do post, em Saint-Rémy, mais do que em qualquer outro lugar da Provença, você poderá também desfrutar de galerias urbanas, lojas cosmopolitas e lojas especializadas em comida para quem ama cozinhar. A cidade tem uma sofisticação nata e ali você encontrará restaurantes chiques, cafés charmosos e casas belíssimas – fotografamos algumas inclusive.
Mas nem tudo são flores – há quem critique esse lado mais refinado e acuse Saint-Rémy de gentrificação, dizendo que a cidade é “os Hamptons de Provence”, onde novos ricos vão se refugiar durante o verão europeu, longe das praias movimentadas. Não sei se a fama procede porque não estivemos na cidade durante o verão, mas é inegável dizer que existe um charme em ver lojas tão modernas em casarios históricos! Confira algumas que fotografamos e adoramos:
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Ola … td bem?
Sobre ser o inicio do Caminho de Santiago de Compostela … ao inves Saint-Rémy-de-Provence nao seria a cidade de Saint Jean Pied de Port? …
Que artigo bacana Rogerio! Fiquei com vontade de fazer esta viagem!