Continuando os posts sobre nossa viagem, descubra como foi nosso roteiro de 4 dias em Veneza: o que fizemos por lá, como nos transportamos pela cidade e – claro! – onde comemos!
Roteiro de 4 dias em Veneza
Chegamos ao terceiro destino da nossa viagem! Depois de um dia perfeito em Lisboa e Sintra e de quatro dias incríveis em Roma, era hora de desvendar a belíssima Veneza, destino dos sonhos de muita gente! E dá pra entender o motivo: a cidade é única, com seus canais e casario histórico, com sua rica gastronomia e arte por todos os lados!
E, se viajar pra Veneza está nos seus planos, acesse nosso guia completo sobre a cidade e também este post, com as melhores dicas de hospedagem em Veneza. Outro post bacana pra quem vai pra lá é uma lista de dez coisas para fazer de graça em Veneza.
Dia 1
Viajamos de Roma até Veneza com a Italo Treno, a única concorrente da Trenitalia e conseguimos preços promocionais na passagem (50% de desconto, na verdade!). Como consegui? Fiquei de olho na newsletter deles, indico assinarem também! Adoramos a experiência: viajar com a Italo Treno é rápido, barato e cômodo. O trajeto levou 3h45min e o trem era novíssimo. Compramos nossas passagens para o “vagão cinema” mas, na nossa opinião, não valeu a pena – as telas eram super pequenas e o filme, super antigo, ruim e dublado em italiano (“A volta do Máscara… Que ano é hoje, mesmo? hehe)
Chegamos em Veneza por volta das 11h da manhã e fomos direto para o apartamento que havíamos alugado pelo AirBnb. Queríamos ficar em um local perto de onde acontecia a Bienal de Veneza, um dos grandes motivos da nossa viagem pra lá! O apartamento fica perto de tudo mas não é tão na muvuca – pra nós, foi perfeito e indicamos esta hospedagem em Veneza de olhos fechados. O apartamento é térreo e tem um pequeno jardim e janelas (elas são raridade nos imóveis em Veneza) e fomos, já de cara, super bem recebidos pelo Pietro, irmão do dono do apartamento. Olha que apartamento legal:
Dali, logo saímos para curtir Veneza, uma cidade que parou no tempo, cheia de encantos e diferente de tudo o que já se viu! Nossa programação era curtir a cidade em três dias e deixar o restante do tempo da viagem para curtir a Bienal de Arquitetura, uma decisão super acertada – tinha muuuita coisa legal pra se ver por lá. Mas claro que curtir Veneza também é incrível e requer tempo – eu passaria um mês lá turistando fácil, fácil!
Com base nessa decisão, compramos um passe de 48h de vaporetto (custou 30 euros, o melhor custo-benefício para nosso roteiro). Uma só viagem custa 7,50 euros e, com esse passe, tínhamos acesso ilimitado ao transporte durante estas 48h, super valeu a pena! O Vaporetto 1 tem uma pegada mais turística e é excelente para quem quer passear bastante pra conhecer a cidade! Dá uma espiada no que você vai ver se fizer este mesmo passeio:
Passeio Veneza from Viajando Bem on Vimeo.
Passeio de Vaporetto from Viajando Bem on Vimeo.
Veneza estava lotaaaada de gente que, como a gente, veio conferir os encantos dessa cidade única. Começamos o passeio pela Piazza San Marco e curtimos muito o primeiro dia para caminhar pela cidade, se perder em suas ruelas, tomar gelato (a dica sempre é: entre nas sorveterias pequenas, são as melhores), conferir uma feirinha de rua que acontecia na Vialle Garibaldi… Foi perfeito!
Dia 2
Chegamos na Ilha de Murano bem cedinho (fomos até lá de vaporetto) e, já de cara, ficamos encantados com as muitas fabriquetas de vidros… Murano é um charme com suas casinhas coloridas onde estão muitos artesãos e lojinhas que vendem objetos de vidro! Chegamos ali por volta das 8h da manhã e vimos a cidade “acordando”, com seus moradores nos dizendo “buongiorno” alegremente… Recomendo muito este passeio! Entramos em uma pequena fabriqueta de vidros que tinha visitação gratuita e passamos a manhã caminhando por ali. Só saímos de Murano perto das 11h – exatamente quando os transatlânticos começavam a chegar por ali – imagina a loucura de ver 3.000 pessoas chegando na cidadezinha minúscula! Pegamos o vaporetto de volta para Veneza rapidinho! 🙂
Em Veneza, ficamos passeando pelo Cannaregio (estava um dia maravilhoso de sol na cidade!) e não resistimos às mesinhas na rua e decidimos almoçar na Osteria Ai 40 Ladroni. Pedimos uma pasta di seppia (um macarrão tingido com tinta de lula) que estava simplesmente INCRÍVEL. A Leti comeu um ravioli e disse que também estava incrível – gastamos cerca de 20 euros por casal para comer super bem e ainda beber um ótimo vinho branco frisante!
Depois de passear pelas ruas e canais durante a tarde, descobrimos também um lugarzinho escondido na frente da Igreja San Marziale chamado Vino Vero. Uma super dica de local para quem, como a gente, adora experimentar vinhos e espumantes! Delicie-se com as bruschettas ou antepasti e aproveite o momento! Afinal, você está em Veneza, uma das cidades mais lindas do mundo! Confesso que nos deixamos levar pela emoção e saímos dali um pouco ‘altos’! Uma super experiência!
Animados, ficamos super felizes ao ver um gatão desfilando calmamente pela rua e fomos atrás… Acabamos afofando muito o Zoth, um gatão frajola gigantesco e conhecemos sua dona, a simpaticíssima Anna Maria! Conhecemos essa senhorinha na porta da casa dela, na beira de um canal e passamos 45 minutos jogando conversa fora… Isso é a prova de que, pra vir pra Itália, tem que falar italiano… As pessoas são muito acolhedoras e adoram um bom papo!
Depois disso, entramos para conhecer a Bella Brava, uma pizzaria para veganos e vegetarianos – e o lugar é lindo! Não comemos lá, mas achei bacana dar a dica pros vegetarianos que visitam Veneza! Estávamos com vontade de doce e entramos na Gelato di Natura para comer um gelato INCRÍVEL. Indico demais!
Depois, fomos conhecer um centro comercial de luxo chamado Fondaco dei Tedeschi – tudo super bonito, de bom gosto e lojas incríveis.. Mas a gente só olhou as vitrines! Foi uma dica do Pietro, que nos recebeu no apartamento que alugamos em Veneza – ele nos contou que, depois que você faz a primeira compra ali, te liberam para ir na cobertura do local ver a cidade. Mas nós já estávamos interessados em voltar pra casa depois de um dia de muito turistar…
Mas, antes disso, resolvemos dar uma passadinha em um armazém para buscar comidinhas para a janta. Bem pertinho da ponte Rialto, na muvuca, fica a Casa del Parmigiano onde, desde 1936, os moradores de Veneza vão buscar o formaggio de cada dia. Quando chegamos lá, tinha muita gente comprando queijos, porchetta e prosciutto – uma excelente dica de local para conhecer na cidade!
Dia 3
Acordamos super cedo no nosso terceiro dia em Veneza justamente porque queríamos conhecer a cidade praticamente vazia, e foi incrível! As pessoas ainda estavam fazendo exercício, caminhando e curtindo a cidade antes das multidões de turistas chegarem…. Fizemos mais um passeio de vaporetto da linha número 1, que percorreu o Grande Canal e foi até a Ilha de Lido! Uma super dica pra quem quer fazer um passeio pelos canais sem gastar tanto quanto as gôndolas – e com um visual incrível da cidade… Já estávamos nos movimentando com mais tranquilidade por Veneza e, nessa viagem, descobri um aplicativo ótimo pra ajudar nessa função, o Maps.Me – ele inclusive funciona offline!
Depois de voltar pra casa e fazer um breve lanchinho, decidimos que era uma boa hora pra procurar um restaurante. Acabamos indo ao Nevodi, super pertinho de onde estávamos! Pedimos uma entrada de frutos do mar crus (atum, lagostim e camarão) e, de prato principal, uma pasta com frutos do mar, especialidade de Veneza. Tudo maravilhoso e por um preço justo: gastamos 44 euros para comer e beber como locais! Aliás, antes do almoço, bebi um spritz, o drink oficial de Veneza, a toda hora víamos alguém com a bebida laranjinha na mão! A bebida nasceu no Vêneto na época da República Sereníssima, quando os soldados austríacos, não acostumados a gradação alcoólica dos vinhos italianos, pediam para que fosse borrifada (“spritzen”) água na sua bebida.
Depois deste super almoço, decidimos começar nossas aventuras pela Bienal de Veneza! A 15.ª edição da mostra internacional reúne trabalhos de 88 participantes de 37 países diferentes e acontece por toda a cidade, mas se concentra pelo Arsenale e pelo pavilhão central do Giardini. Pra ver tudo, certamente precisaríamos de uns cinco dias… No mínimo! O evento é dedicado aos profissionais e estudantes de arquitetura de todo o mundo mas pessoas que tenham interesse por arquitetura e urbanismo também são convidadas à refletir sobre seu tema central. Em 2016, as imigrações, mudanças climáticas, falta de moradia e água, as guerras são analisadas – e o que cada país está fazendo para solucioná-los.
Esse aí é o seu Gabriele Bianchi, dono de uma espécie de armazém onde vende os melhores queijos, presuntos, massas e todo tipo de ingredientes pra se fazer uma ótima janta em casa. O mercado do Gabriele era do lado do nosso apto, bem na Viale Garibaldi! Compramos um pouco de cada coisa e aproveitamos pra bater um papo com ele, que nos indicou um vinho maravilhoso também, o Poppóne! Podem procurar este vinho por lá, recomendadíssimo!
Dia 4
Como havíamos planejado, tiramos a manhã para conferir novamente a Bienal – ainda estávamos cansados da imersão e enorme quantidade de informação do dia anterior, mas ainda tínhamos muuuita coisa pra ver e fomos à luta. Tomamos nosso café da manhã típico da Itália (um capuccino e um cornetto, que é uma espécie de croissant italiano) e fomos conferir as obras expostas no Arsenale.
Depois de uma manhã inteira na Bienale, cumprimos uma promessa: voltar ao excelente Nevodi para nosso último almoço em Veneza. Dessa vez, a Leti pediu uma pasta eu comi uma lasagna de frutos do mar e já adianto que foi a melhor da minha vida, super leve! Que restaurante fantástico! Fizemos amizade com o dono do restaurante, o Silvio… Super simpático, gosta de conversar e está sempre indicando os melhores pratos e mais frescos da hora para os clientes!
Passamos a tarde conferindo as obras da Bienal novamente, absorvendo toda a informação possível – pra quem não sabe, minha esposa Letícia é arquiteta. Depois disso, bem cansados, resolvemos dar uma caminhada – era Halloween e a noite caía, as crianças estavam todas fantasiadas e curtindo muito a data.
Pra terminar o dia com chave de ouro, fomos jantar com nosso novo amigo Pietro (o irmão do dono do apartamento que alugamos, que nos recepcionou no nosso primeiro dia de Veneza) no restaurante Bacarandino. Na foto abaixo, estamos curtindo um Amazza Caffé, super tradicional na Itália, que nada mais é que um licor de ervas para finalizar uma refeição… Também provamos um baccalá mantecato que é espetacular! Também experimentamos outros pratos típicos (todos ótimos): sarde in saor, fegato alla veneziana e polenta e schie!
Nessa noite, o Pietro nos deu uma verdadeira aula sobre a cidade – vocês sabiam que lá não pode se ter forno à lenha ou lareira em casa? A cidade é patrimônio da UNESCO e nada pode prejudicar sua integridade… E, olha, depois de tantos dias maravilhosos em Veneza, realmente dá pra entender: a cidade é uma verdadeira joia rara italiana, merece todo o cuidado para que fique sempre assim, maravilhosa!
No dia seguinte, fomos dar mais uma conferida na Bienal antes de pegar o trem para Florença, nosso próximo destino de viagem… Amanhã você confere o que fizemos por lá! 🙂
____
Recomendados por Rogério Milani para uma viagem perfeita
Guias, transfers, hospedagens e outros serviços para uma viagem tranquila e segura
Alugue seu carro com Rental Cars ou Rentcars
Reserve seu hotel
Compre seu ticket de trem
Evite filas comprando ingressos antecipados
Organize passeios nas cidades e arredores
Reserve seu voo
Viaje tranquilo com seu seguro viagem Real Seguros, Mondial Assistance ou World Nomads
Serviço de câmbio confiável e com boas taxas, com desconto para leitor do Viajando: Confidence
_____
0 comentários