Você conhece o Museu Reina Sofía? Ele é o museu mais importante de Madri e muitos críticos de arte o consideram um dos 20 museus mais relevantes do mundo. Nele se encontra a obra mais importante de Pablo Picasso, a Guernica. Confira neste artigo a história do museu, algumas das obras de seu acervo e como você pode visitá-lo!
O Museu Reina Sofía foi fundado em 1992 com o objetivo de ser um centro dedicado à arte moderna e contemporânea da Espanha. Ele recebeu o nome em homenagem à rainha Sofía, esposa do rei Juan Carlos I, que teve um papel fundamental na sua criação.
O museu abriga uma vasta coleção de arte, com foco especial nas vanguardas artísticas do século XX. Seu acervo inclui obras de artistas renomados como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Joan Miró e Juan Gris. Assim, a peça mais famosa da coleção é Guernica, de Picasso, que retornou ao museu em 1992 após um longo período em Nova York.
Embora o público possa ver todo o acervo, ele é tão grande que, em uma única visita, é possível conhecer apenas entre 5% e 15% das obras. Por isso, o museu organiza exposições temporárias e empresta peças para museus ao redor do mundo, permitindo que mais pessoas tenham a oportunidade de apreciá-las.
Sem dúvida, o Museu Reina Sofía é uma excelente opção de passeio para quem visita Madri! Vale ressaltar que além dele, Madri também possui outros ótimos museus, como o Museu Bicentenário do Prado.
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Um prédio que conta muitas histórias
O Museu de Arte Reina Sofía ocupa um prédio histórico, construído no século XVII para abrigar o Hospital Geral de Madri, que funcionou ali até 1965. O estilo arquitetônico da construção reflete essa origem, com claustros — corredores em formato quadrilátero com um jardim no centro.
Durante a Guerra Civil Espanhola, o prédio serviu como hospital para os feridos de ambos os lados da guerra. Além disso, ele foi também um mortuário, onde executavam e torturavam prisioneiros, o que fez com que o lugar ganhasse a fama de ser mal assombrado.
Após esse período, o prédio permaneceu anos sem uma função, até que, em 1992, recebeu as instalações do Museu Reina Sofía.
Atualmente, o Museu é uma parte importante da cultura de Madrid. Em 2005, o prédio passou por uma ampliação com a construção do edifício Nouvel, de arquitetura contemporânea. Agora, esse novo espaço abriga escritórios, locais de encontro e instalações artísticas temporárias.
Conheça algumas obras do Museu Reina Sofía
1. Guernica, de Pablo Picasso
A Guernica é provavelmente uma das obras mais famosas de Picasso e também uma das mais importantes. Ao contrário do que se pode pensar, ela não é um quadro, e sim um mural com medidas de 3,5 metros de altura e 7,8 metros de comprimento.
Ela é a principal obra sobre a Guerra Civil Espanhola, que ocorreu entre 1936 e 1939. A pintura causou uma grande comoção internacional sobre as ações militares do General Franco, já que representa o bombardeamento da vila de Guernica, ocorrido em 1937.
Após sua criação, o mural foi confiado ao Museu de Arte de Nova York por determinação do próprio Picasso, que pediu que ele não fosse devolvido à Espanha até que a ditadura de Franco acabasse. Assim, Guernica ficou nos Estados Unidos de 1939 até 1981, quando voltou ao seu país de origem. Atualmente, o painel se encontra em exposição no Museu Reina Sofía, onde possui uma sala própria.
2. Homem invisível, de Salvador Dalí
Essa pintura do artista surrealista Salvador Dalí foi feita em 1946 e mostra a figura de um homem invisível. Dessa forma, a presença do homem é sugerida por formas vagamente delineadas e por uma paisagem em que o espectador é convidado a buscar o que está ausente, como o protagonista do quadro fosse mais uma sugestão do que uma representação clara.
A obra dialoga com o contexto pós-Segunda Guerra Mundial, onde muitos artistas, incluindo Dalí, estavam refletindo sobre as questões existenciais, o sofrimento humano e o vazio psicológico causado pelos eventos da guerra.
3. Homem com cachimbo, de Joan Miró
O quadro “Homem com cachimbo” foi pintado por Joan Miró em 1925. Primeiramente, é preciso entender que essa obra é um exemplo do estilo surrealista de Miró, que usava formas abstratas e linhas simplificadas. Assim, usando esses traços, o artista tentava expressar a liberdade e o subconsciente reprimidos pelo racionalismo.
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