Dal mio balcone – crônicas de uma quarentena
A terceira semana
Primeira Semana – Segunda Semana
Depois dos primeiros quinze dias encarando tudo muito bem, com alegria, novas receitas, faxinas em casa, a terceira semana foi de altos e baixos.
Um misto de esperança que acabe logo com uma sensação de que não vai acabar nunca, quase como se estivesse vivendo em um looping, em que os dias são todos iguais.
Me sinto em “Como se fosse a primeira vez”, aquele filme com Adam Sandler, onde a sua amada acorda pensando que está sempre no mesmo dia. Começo a lembrar com nostalgia das minhas viagens, como se fosse uma idosa em fim de vida que faz as contas com o seu passado. Começo a sentir falta do meu querido futebolzinho de domingo (dica: para quem também ama futebol, pode assistir “The English Game”, no Netflix).
Obviamente vocês já estão conseguindo entender as minhas sensações e aflições, pois muitos estão vivendo neste momento a segunda semana de quarentena aí no Brasil.
Acompanhei bastante as confusões: é um fica em casa ou sai de casa, morre de fome ou morre de Covid-19, governador faz isolamento, presidente tira do isolamento, e nisso tudo ninguém entendeu ainda até quando ficar em casa e quem vai ajudar a população mais necessitada.
Enquanto isso, aqui na Itália, o governo já começou a distribuir bônus para que as famílias mais pobres possam comprar mantimentos, e a abrir um canal para que as pessoas se inscrevam para ganhar um auxílio.
Algumas comunidades organizaram nos mercados a “spesa sospesa”, ou seja, uma versão alimentícia do famoso “caffè sospeso” onde os cidadãos podem deixar produtos de primeira necessidade pagos no mercado para quem não tem condições atualmente.
As mortes continuam e, em um dia, morreram quase mil pessoas, mas o número de contágios cai a cada dia, o que nos dá um fiozinho de esperança. Esperamos ansiosos o pronunciamento do Primeiro Ministro: queremos saber até quando teremos que ficar em casa.
A data oficial até agora é dia 3 de abril, o que significaria ter somente mais uma semana pela frente, mas todos pensamos que a data do fim da quarentena será adiada.
O que sei é que a maioria das pessoas não vai voltar a uma vida normal, temos medo, vamos ficar com cicatrizes. Vi também que um mundo melhor e diferente é possível lá fora.
Por que não aderir ao home office? Poluindo menos as cidades e tendo mais tempo para ficar com a família?
Por que não continuar com esse espírito de coletividade? Por que não parar de consumir tanto?
Por que não dar mais atenção à natureza e ao meio ambiente que, sem nós humanos, estão conseguindo se reequilibrar novamente?
Por que não dar mais valor para a família e para as pequenas coisas?
Temos muito sobre o que pensar, temos muito o que botar em prática, ainda temos muito o que aprender.
Dal mio balcone eu vejo um Planeta Terra mais sadio, e quero que ele continue assim.
Texto escrito por Roberta Freitas Jesien, da Matrimoning e nossa super parceira! Vive em Roma há 10 anos!
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