Confira o relato da Roberta, que fez um roteiro de 30 horas em Bergen, na Noruega. Ela dá dicas do que fazer, onde ficar e o que comer na cidade encantadora de madeira e “porta de entrada” para os fiordes.

Roteiro de uma viagem curta para Bergen, na Noruega

Vivo na Europa desde 2010 e uma das grandes vantagens de viver aqui é a facilidade com que você se move de um país a outro. Tanto em relação à pouca distância e dinheiro para ir a cada lugar, quanto a diversidade que pode existir entre os lugares, mesmo os mais próximos.

Entre algumas opções comprei tickets para Bergen, a segunda mais conhecida cidade da Noruega. Saímos às 8h da manhã de sábado de Londres e em apenas 2 horas, já estávamos chegando. A paisagem do avião na chegada já surpreendeu pela quantidade de pequenas ilhas e montes entre as águas! Pontes que ligam ilhas, estradas e casas em um misto de natureza…

O aeroporto de Bergen fica a apenas 30 minutos do centro e o ticket de ônibus até lá custa 150 NOK (moeda local), e você pode comprar diretamente com o motorista. Os ônibus partem de 15 em 15 minutos e te deixam em diversos pontos da cidade.

Logo de cara já deu para perceber que Bergen é uma daquelas cidades que parecem terem sido pintadas à mão.

Nota da redação (março de 2023)

Atualmente, existem três formas de se locomover do aeroporto até o centro de Bergen. De ônibus, como foi o caso da Roberta e ela relata aqui; de trem, que custa cerca de 40 NOK por adulto e 20 NOK por criança; e de táxi, que fica em torno de 500 NOK. 

O nosso hotel em Bergen

Nós chegamos e fomos diretamente ao nosso hotel Det Hanseatiske Hotel, escolhido no Booking como um dos melhores hotéis de Bergen – e está comprovado. Super bem localizado na frente no centro histórico e porto da cidade, Bryggen, e a 5 minutos caminhando do teleférico Fløibanen, no Mount Floyen Mountain.

O hotel é em uma dessas casas antigas, coloridas e típicas de madeira. Na foto abaixo você tem a exata localização do hotel.

Acomodações e serviço

O ambiente é encantador, com lareira, bar, restaurante, sofás e salas especiais de descanso e leitura, que se mesclam com o conforto dos quartos e do banheiro, que é espetacular. Além disso, o café da manhã é ótimo! Contém frutas, alguns tipos de pães e biscoitos, sucos, salmão e um pouco de “English Breakfast” com bacon, ovos e salsichas. Para todos os gostos.

O que fazer em Bergen

Perto do porto, na praça mais movimentada da cidade, Torget, existe um posto de informações. Ele fica bem na parte de cima de um container vermelho que é o famoso mercado de peixe da cidade, o Fisketorget. Lá, além de folhetos e informações, você também pode adquirir tickets, cartões promocionais e souvenires.

Optamos por comprar o cartão 24h de Bergen que nos permitia descontos em alguns restaurantes, entradas gratuitas em museus e transporte, bem como o teleférico, e 100 NOKS de desconto em um passeio de barco de 3 horas pelos fiordes. Decidimos comprar esse cartão pois com o desconto no barco e a entrada FREE no bondinho já valiam a pena.

Relato do passeio

Ali perto do porto paramos para comer em uma dessas banquinhas de rua com diversas opções de “cachorro-quente” e tomar um café com um bom doce, antes de subir no Monte.

Pegamos o famoso Fløibanen (grátis com o cartão) e após parar em alguns pontos ao longo do percurso, foi lá em cima que tivemos mais uma surpresa: a vista da cidade (a mais de 400 metros) é encantadora! Nem o vento forte atrapalhou o passeio.

Dali existem diversos caminhos pelas montanhas e inúmeras opções de esporte. Aliás, dizem que o passeio a pé do topo da montanha até o porto vale muito a pena, mas fazia muito frio e decidimos voltar de funicular.

Como já era um pouco tarde para visitar todos os museus que a cidade oferece (Museu de la Liga Hanseática – Det Hanseatiske Musseum, Museu de Bryggen), decidimos dar um passeio por Bryggen e suas casas de madeira coloridas, declarada Patrimônio Histórico da Humanidade.

As lojas se misturam com os pubs, ateliês de arte e restaurantes: um verdadeiro charme. É importante verificar horários das atrações nessa época do ano (Outubro – Maio), pois a maioria delas fecham às 17h.

Tour pelos fiordes

No domingo, acordamos cedo e fomos fazer o famoso tour de barco pelos fiordes noruegueses que havíamos comprado no dia anterior no posto de informações.

Existem diversas empresas que realizam os passeios como White Lady, MS Midnatsol e Nutshell Tour, a mais bem conceituada e que normalmente incluem barco, trem e ônibus. Deve ser incrível! Além disso, existem muitos tipos de passeios pelos fiordes, uns de 3 dias, 1 dia e outros de algumas horas.

Na verdade, imaginávamos que seria impossível vê-los já que estava nublado e o passeio que compramos duraria somente 3 horas, devido ao pouco tempo na cidade e também a época do ano. Mas fomos todos surpreendidos!

Jamais conseguirei descrever o que vimos e sentimos durante aquelas horas…

Quando começamos a nos afastar do porto e entrar por aquelas imensas montanhas e altíssimos penhascos, o silêncio prevalecia. Nos sentíamos pequenos perante tamanha beleza.

A natureza com suas cascatas e montanhas e o topo coberto de neve dividia a nossa atenção com algumas estradas ziguezagueantes, rodeadas de casinhas vermelhas e amarelas reunidas em pequenos vilarejos, muito distantes umas das outras.

O momento máximo do passeio foi quando o capitão do barco nos conduziu até uma dessas cascatas, e com um balde encheu nossos copos de água pura vinda da montanha. E, além disso, ao som de Enya, parecendo um verdadeiro conto de fadas.

Assim, chegamos na cidade por volta das 13h e fomos diretamente comer, já que logo deveríamos voltar para o aeroporto. A despedida só poderia ser com um salmão fresco (alguns pediram o famoso bacalhau) em um restaurante central e aconchegante chamado Egon Kjøttbasaren (Vetrlidsallmenningen 2) que ficava bem em frente ao nosso hotel.

E que tal Bergen?!

Então, a sensação dessas 30 horas em Bergen? Sem dúvidas, fica uma imensa vontade de voltar no verão e realizar os longos passeios pelos fiordes e pela Noruega! País repleto de paisagens idílicas e propriedades rurais, campos floridos e penhascos verticais mergulhando nas águas.

Texto e fotos: Roberta Weber Calabro