As melhores dicas de Roma para locais: selecionamos cinco lugares menos turísticos em Roma que são verdadeiros tesouros escondidos, para quem quer descobrir o “lado B” da Cidade Eterna!

Lugares menos turísticos em Roma: cinco opções para quem quer descobrir o “lado B” da Cidade Eterna

Viajar é muito bom mas, às vezes, é muito difícil encontrar opções alternativas além do batidão roteiro turístico tradicional. Principalmente quando se trata de destinos populares como Roma, a tendência é pular de monumento em monumento sem lembrar que, além destes, existe a vida de todos os dias. Lugares onde os habitantes realmente frequentam no seu tempo livre e que são longe da multidão caótica que vai e que vem.

Assim sendo, se de um lado existe a Roma dos grandes museus, do centro histórico de tirar o fôlego, dos cenários de filmes que marcaram gerações, por outro, existe a cidade das pessoas normais, dos bairros residenciais, daqueles ângulos ignorados pelas guias de turismo.

Este artigo é pra quem deseja desbravar uma faceta menos turística de uma cidade tão antiga e cheia de surpresas como Roma. Confira uma lista com cinco lugares “lado B” da cidade que merecem sua visita:

1. Villa Doria Pamphilj

É o maior parque histórico da capital, muito conhecido pelas esculturas, fontes, lagos e pelos belíssimos jardins em estilo francês. Durante a primavera e o verão, é comum encontrar famílias romanas que escolhem a Villa Pamphilj para um picnic num oásis em meio ao caos urbano. Que tal experimentar o verdadeiro significado de bel fare niente em um dos lugares mais bonitos da cidade?

Villa Doria Pamphilj

2. O Coliseu Quadrado

O EUR é o bairro construído durante o regime fascista do qual o Palazzo della Civiltà Italiana é o edifício mais simbólico. Conhecido como Coliseu Quadrado graças aos seus arcos em mármore travertino e às esculturas, é talvez o melhor exemplo da arquitetura racionalista daquele período. Atualmente o monumento é a sede da casa de moda Fendi que, de quando em quando, abriga em seu interno exibições de arte. Mas, geralmente, a visita é somente externa.

Palazzo della Civiltà Italiana

3. Casina delle Civette

Este museu encantado está dentro do parque de Villa Torlonia e é uma das belezas pouco conhecidas da cidade. A estrutura e a decoração são inspirações do estilo Liberty com pórticos, torres, azulejos e vitrais figurando diversas aves, em especial corujas, que dão nome à construção (“civette” em italiano). Ao lado do museu se encontra a Biblioteca di Arti Applicate, com cerca 1.400 livros sobre as técnicas de realização de mosaicos e pinturas no vidro.

Casina delle Civette

4. Roseto Comunale

Todo mundo conhece o Circo Máximo, mas o que pouca gente sabe é que, a dois passos dali, existe um jardim com cerca 10.000 m2 e mais de 1.100 tipos de rosas provenientes do mundo inteiro. Até descobrir o Roseto, eu nem imaginava que poderia existir tanta variedade em uma só espécie de flor! Então, quem é curioso e quer fazer um passeio diferente, mas ainda assim no centro da cidade, pode dar um pulinho lá.

Infelizmente, o local abre só durante a primavera e em outras ocasiões especiais mas quem vier fora deste período pode sempre aproveitar para passear no Giardino delle Arance, parque vizinho ao Roseto que tem um terraço com uma das vistas mais bonitas de Roma.

Roseto Comunale

5. Cimitero Acattolico

Esta dica com certeza não vai agradar gregos e troianos mas vou recomendar assim mesmo, já que é um dos lugares mais peculiares da cidade. De acordo com as normas da Igreja, não-católicos eram proibidos de serem enterrados dentro dos muros urbanos, que eram considerados terra sagrada. Por este motivo, foi construído no atual bairro de Testaccio o também chamado “Cemitério dos Ingleses” para abrigar inicialmente sepulturas de estrangeiros, em sua maioria protestantes, que faleciam na capital. Para se ter uma ideia, os enterros aconteciam à noite para evitar episódios de fanatismo religioso por parte da população.

Inicialmente as tumbas não eram evidenciadas mas, com o tempo, o cemitério adquiriu um estilo anglosaxão com esculturas particulares como “l’Angelo del Dolore”, um dos monumentos fúnebres mais copiados no mundo. Além das obras de arte, o cemitério conta com tumbas famosas como a do filósofo Antonio Gramsci, do escritor Carlo Emilio Gadda, dos poetas Percy Shelley e John Keats (que antes da sua morte deixou escrito o próprio epitáfio no qual se lê “aqui jaz um homem cujo nome foi escrito na água”).

Cimitero Acattolico

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